Ele afirma que boa parte dos problemas ocorridos durante tempestades poderia ser evitado com a instalação adequada de equipamentos e acessórios, como alarmes ou vidro elétrico, por exemplo. “A maior incidência de entrada de água é por equipamentos e acessórios mal instalados.”
Para se proteger de transtornos, o especialista orienta os clientes a pedir um projeto para a oficina antes de contratar a instalação de acessórios. Deve-se exigir também um registro por escrito garantindo a resistência do equipamento em casos de chuva. “Tem gente que não tem projeto, fura lá o carro, passa um fio, mas não toma o cuidado de prever que vai entrar água por ali. Acessórios mal instalados provocam muito estrago. A maioria faz isso sem projeto, simplesmente instala.”
É por conta de descuidos como este que, em temporadas de chuva, Roberto chega a recusar clientes por não conseguir atender à enorme demanda nas duas unidades de sua oficina, a Polimentos Roberto.
Nesta temporada de mais de 40 dias consecutivos de chuva em São Paulo, o número médio de veículos com problemas provocados por alagamentos dobrou: passou de 10 para 20 por semana. No início de fevereiro, o número voltou a cair. A procura aumentou em pelo menos 70% o faturamento, segundo as contas do empresário. A troca de motor, por exemplo, garante em média R$ 4 mil aos cofres da empresa se o carro for popular. Em modelos de luxo, o valor pode passar de R$ 20 mil.
Para evitar prejuízo ao motorista, Roberto aponta outras três medidas:
- não passar por ruas em que a altura da água ultrapasse meia roda;
- se o motorista não tiver como desviar, deve passar pela água o mais devagar possível. Assim, evita-se que o motor quebre por aspirar água por onde deveria entrar apenas ar;
- caso não haja como evitar que o carro fique alagado, a única alternativa é desligar a bateria. “Se a água passar de meia roda e invadir o assoalho, ele deve desligar a bateria e não tentar fazer o carro funcionar em hipótese alguma.”
Outras recomendações
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda aos motoristas a reduzir imediatamente a velocidade do veículo e evitar passar perto de rios e córregos em caso de chuva forte. Se não tiver jeito de evitar locais alagados, a dica é não parar o carro e não trocar de marcha.
A prefeitura recomenda ainda que os motoristas tentem parar o carro em lugares altos, aumentar a distância do carro da frente e evitar cruzar áreas alagadas atrás de outros veículos (pois, se ele parar, vai impedir o caminho), usar o freio algumas vezes para secá-lo (já que freios molhados tendem a falhar) e tomar cuidado com o caminho, pois a água pode esconder armadilhas da pista, como buracos e bueiros sem tampa.
Fonte: http://www.abril.com.br/noticias/brasil/dicas-deixa-carro-fora-perigo-enchentes-531638.shtml